Do que depende a felicidade?
Ao contrário do que se diz comumente acerca da felicidade, ela parece estar associada a uma capacidade de exerce-la enquanto tal. É necessário desenvolver em si mesmo tal capacidade: a habilidade para ser feliz.
Felicidade é um conceito abstrato, é algo que está inserido dentro de nós. É um potencial a ser exercido, onde fatores externos podem ou não contribuir para sua existência e aprimoramento.
Felicidade está desvinculada ao que se tem, ou até aonde podemos lançar mão para adquirir coisas ou até mesmo poder.
Frequentemente associada ao verbo ter, em uma sociedade como a nossa, em que a busca de satisfação move milhões de homens e mulheres, a felicidade não parece atrelada a riqueza.
Riqueza pode ou não ter a ver com a felicidade, não torna uma prescindível da outra.
Não existe correlação existente entre felicidade e riqueza, muito pelo contrário, sociedades onde a riqueza, e o crescimento econômico predominam atestam que há uma nítida ambivalência entre esses dois termos.
Segundo Richard Lane, The Loss of Happiness in Market Democracies, New Haven, Yale University Press, 2000, ”... a partir de uma comparação de dados transnacionais, que embora os índices de satisfação com a vida declarados cresçam amplamente em paralelo com o nível do PNB, eles só crescem de modo significativo até o ponto em que carência e pobreza dão lugar à satisfação das necessidades essenciais, “de sobrevivência” – e param de subir, ou tendem a decrescer drasticamente, com novos incrementos em termos de riqueza.
Cai abaixo a ideia de que aumentando os ganhos financeiros de um indivíduo, o mesmo tende a ser mais feliz.
Psicanalista Lílian Moura
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